Com o início da vacinação contra a Covid-19 no Ceará e no Brasil, dúvidas sobre o processo de imunização e, consequentemente, sobre as contraindicações para a aplicação da vacina surgiram. Em nota técnica, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) explica algumas restrições e precauções que devem ser tomadas no que tange aos imunizantes disponíveis no Estado — Coronavac, da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e Oxford-AstraZeneca, produzida no País pela Fiocruz.
O documento indica o adiamento da vacinação em pessoas com quadro de infecção pelo coronavírus. A vacinação só deve ser feita com recuperação clínica total e, pelo menos, quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de RT-PCR positivo em pessoas assintomáticas.
Pessoas com hipersensibilidade, enfermidades concomitantes (doença febril aguda grave), trombocitopenia (número reduzido de plaquetas, o que aumenta risco hemorrágico), distúrbios da coagulação ou outros eventos neurológicos não são restringidas de receber os imunizantes, mas é preciso haver precaução. A vacinação de gestantes e lactantes também não é contraindicada, mas é necessário haver cautela e acompanhamento.
A nota traz, ainda, informações sobre a aplicação, administração e logística dos diferentes lotes.
Para Carmen Osterno, coordenadora de Imunização da Sesa, medidas de prevenção devem ser adotadas mesmo após a aplicação da vacina. “É importante que as pessoas vacinadas sigam com os cuidados preventivos. As medidas incluem o uso correto da máscara, o distanciamento social, a higienização das mãos e evitar aglomerações”, ressalta.